Em 1911, o explorador Hiram Bingham chegou a Machu Picchu e mudou a história do turismo no Peru. Suas fotografias revelaram ao mundo uma cidade inca escondida entre montanhas e nuvens. Hoje, essas imagens continuam a inspirar milhares de viajantes a percorrer seus caminhos lendários e admirar suas construções fantásticas.
As fotos de Bingham, tiradas com câmeras de grande formato, mostram uma cidade coberta pela vegetação. Por meio desse diário visual, podemos conhecer como era Machu Picchu antes de ser restaurada. O contraste entre passado e presente oferece uma experiência visual fascinante para os amantes da história.
Visitar Machu Picchu também é seguir os passos do homem que a revelou ao mundo. A rota inclui paisagens andinas, templos sagrados e terraços milenares ainda intactos. Cada imagem de 1911 nos convida a redescobrir seu mistério sob uma nova perspectiva.
- Machu Picchu: A cidade perdida dos incas
- Quem descobriu Machu Picchu?
- As fotografias de Machu Picchu aos olhos do mundo
- Diário visual de Machu Picchu
- Para Além de Bingham: Os Primeiros Descobridores
- Como chegar a Machu Picchu
- Condições ideais para descobrir a maravilha inca
- Opções de Tour para Visitar Machu Picchu
- Você pode estar interessado
Machu Picchu: A cidade perdida dos incas
Machu Picchu é uma cidadela inca localizada nos Andes peruanos. Seu nome significa “montanha velha” em quéchua e foi declarada Patrimônio Cultural e Natural da Humanidade pela UNESCO. Sem dúvida, é um dos legados arquitetônicos mais fascinantes da cultura inca, visitado por mais de um milhão de pessoas por ano.
Está situada a 85 quilômetros da cidade de Cusco, na província de Urubamba, entre as montanhas Huayna Picchu e Machu Picchu, a 2.350 metros acima do nível do mar (7.709,97 pés).
No entanto, neste blog, exploraremos a particularidade do ano de 1911 para Machu Picchu. Se você é amante da fotografia e da história, acompanhe-me nesta jornada visual.

Quem descobriu Machu Picchu?
Muito se tem falado sobre quem descobriu ou redescobriu Machu Picchu nas últimas décadas. Foi Hiram Bingham, o explorador e professor norte-americano, que, ao empreender uma pequena expedição à cidade de Cusco, revelou Machu Picchu ao mundo em 1911, por meio de inúmeras imagens tiradas com sua câmera fotográfica. Essas imagens foram divulgadas pela primeira vez pela famosa e reconhecida organização National Geographic e pela Universidade de Yale.
Sem dúvida, o ano de 1911 marcou um antes e depois para Machu Picchu. O registro fotográfico feito por Hiram Bingham mostrou ao mundo imagens inéditas, que retrataram visualmente a majestade e a grandeza da cultura inca. É importante mencionar que sua pesquisa reuniu cerca de 244 fotografias da expedição. Foram usadas câmeras Kodak especiais, que permitiam vistas panorâmicas e até registros em vídeo. Conforme a National Geographic, foram obtidos 3.500 negativos e utilizados aproximadamente 10 tripés de madeira.
As fotografias de Machu Picchu aos olhos do mundo
Produzir um diário visual naquela época foi uma verdadeira façanha — tanto etnográfica quanto de inovação visual — que permitiu a realização de estudos de restauração arqueológica, pesquisas históricas e sociais, entre outros. A divulgação mundial de Machu Picchu em 1911 destacou seu legado e impulsionou a proteção e preservação do patrimônio cultural do Peru.
Posteriormente, Hiram Bingham escreveu o livro “A Cidade Perdida dos Incas”, no qual descreveu sua experiência em Machu Picchu em 1911. A obra reflete de maneira documental e humana a exploração que mudou sua vida, como mostra esta citação do livro:
“De repente, me vi diante dos muros de uma ruína e casas construídas com a melhor qualidade da arte inca. Os muros eram difíceis de ver, pois árvores e musgo haviam coberto as pedras por séculos. Mas à sombra do bambu e entre arbustos estavam visíveis paredes feitas de blocos de granito branco, cortados com a mais alta precisão. Encontrei templos impressionantes, casas reais, uma grande praça e milhares de moradias. Parecia estar sonhando.”
Nesse sentido, selecionamos 12 imagens de todo o registro fotográfico de Bingham que permitirão a você observar e imaginar como viviam os incas há mais de 200 anos.
Essas imagens incluem vistas panorâmicas de Machu Picchu, muros de pedra, torres, entre outros elementos. Por fim, devemos ressaltar que a cultura inca foi uma civilização avançada que unificou grande parte da América Latina e cuja arquitetura empregava técnicas de encaixe de grandes blocos, conectadas ao simbolismo dos Andes e da natureza.
Diário visual de Machu Picchu
1. Vista panorâmica de Machu Picchu

2. Alvenaria inca

3. Vista da muralha interna e do portal da cidade de Machu Picchu.

4. Fotografia da praça sagrada em Machu Picchu.

5. Imagem do lado leste de Machu Picchu

6. Vista panorâmica do lado oeste de Machu Picchu

7. Muros de pedra típicos da cidadela inca

8. Imagem de um muro limpo e restaurado em Machu Picchu

9. Imagem da torre circular e muros incas perfeitamente encaixados.

10. Imagem de muro de pedra

11. Imagem da porta principal e do muro interno, com vista da montanha Huayna Picchu

12. Imagem panorâmica geral de Machu Picchu

Para Além de Bingham: Os Primeiros Descobridores
Antes que o mundo conhecesse Machu Picchu, 1911 não foi, de fato, o verdadeiro início de seu redescobrimento moderno. Em 1902, Agustín Lizárraga, um agricultor de Cusco, chegou primeiro à cidadela com Enrique Palma e Gabino Sánchez. Eles gravaram seus nomes em uma pedra, deixando uma evidência inegável de sua presença.
Lizárraga morava no distrito de San Miguel de Urubamba, próximo a Machu Picchu, e explorava ativamente áreas agrícolas e ruínas nas redondezas. Foi ele quem levou a notícia da cidadela à comunidade local, muito antes de Bingham. Em uma pedra de uma das casas reais permanece sua inscrição: “A. Lizárraga 14 de julho de 1902”.
No entanto, quando Hiram Bingham chegou em 1911, não deu o devido crédito a Lizárraga nem aos outros visitantes anteriores. Bingham foi guiado por um arrendatário de terras, Melchor Arteaga, e por um sargento chamado Carrasco. Ao chegarem, encontraram as famílias Recharte e Álvarez morando no local, cultivando nos terraços e utilizando um canal inca ativo. Pablo Recharte, um menino do lugar, conduziu Bingham à zona urbana da cidadela, então coberta por vegetação. Machu Picchu, 1911, e a fotografia de Bingham foram fundamentais, mas acabaram invisibilizando aqueles que abriram o caminho.
A condição de camponês peruano de Lizárraga contribuiu para sua pouca visibilidade na história internacional, especialmente por parte de universidades e revistas estrangeiras. No entanto, seu legado sobrevive entre as vozes andinas. Os moradores de Cusco lembram seu nome com orgulho e o consideram o verdadeiro pioneiro do achado.
Reconhecimento Histórico: A História também tem outros protagonistas
A história de Machu Picchu não pode ser contada sem incluir aqueles que a viram primeiro, a exploraram e a compartilharam com o mundo. A fotografia de Machu Picchu em 1911 serviu para globalizar o sítio, mas não para honrar plenamente suas raízes. Hoje, novas pesquisas e publicações reivindicam a figura de Agustín Lizárraga como o verdadeiro descobridor.
As futuras gerações de viajantes devem saber que Machu Picchu guarda mais de uma narrativa sobre seu achado. O respeito pelas vozes locais também faz parte de uma experiência turística responsável.

Como chegar a Machu Picchu
Existem múltiplas rotas para chegar a Machu Picchu, cada uma oferecendo experiências distintas para todo tipo de viajante. A opção mais direta é pegar o trem desde Cusco ou desde o sítio arqueológico de Ollantaytambo (você pode usar os trens da Inca Rail ou da Peru Rail). Esse trajeto é confortável, panorâmico e permite apreciar a paisagem andina sem esforço físico. Atenção: os trens chegam até a localidade de Aguas Calientes.
De Aguas Calientes, o vilarejo-base de Machu Picchu, há duas formas de subir até a entrada principal. Você pode pegar um ônibus ecológico que percorre o trajeto em 25 minutos ou subir a pé por uma trilha íngreme. Essa caminhada leva entre uma e duas horas, dependendo do seu ritmo.
Lembre-se de comprar seus ingressos, passagens de trem e de ônibus com antecedência para evitar imprevistos. A quantidade de visitantes diários é limitada e costuma esgotar-se na alta temporada (de maio a outubro). Além disso, certifique-se de portar seu passaporte, pois ele será necessário para entrar.
Leia nosso blog: Ingressos para Machu Picchu 2025: Tudo o que você precisa saber! E fique por dentro de tudo para acessar esta maravilha do mundo
Outra alternativa popular é fazer a famosa Trilha Inca, uma rota ancestral repleta de cultura e natureza. Essa experiência exige preparo físico, mas recompensa com paisagens únicas. Muitos visitantes consideram esse caminho uma das melhores formas de se conectar com o legado inca.
Rotas Alternativas de Trekking a Machu Picchu
Em vez da clássica Trilha Inca, o Lares Trek oferece uma experiência cultural autêntica. Essa rota de quatro dias e dificuldade moderada atravessa comunidades quéchuas e paisagens andinas entre montanhas e lagoas. Ao final, você chegará a Ollantaytambo para pegar o trem até Aguas Calientes e, posteriormente, alcançar Machu Picchu, com menos turistas e contato direto com tradições locais.
Por sua vez, o Trek de Ancascocha, também conhecido como a Trilha Inca Oculta, é ideal para caminhantes que buscam vistas espetaculares e isolamento. Essa rota de cinco dias oferece cachoeiras, vales abertos e passos nevados antes de descer à floresta alta rumo a Machu Picchu. É perfeita se você busca um caminho menos frequentado, com paisagens de pura natureza e conexão cultural.
Em 1911, Hiram Bingham não dispunha dessas opções modernas para chegar à cidadela sagrada. Sua jornada foi árdua, sem trilhas traçadas nem trens turísticos. Hoje, graças ao seu registro fotográfico, sabemos como era o ambiente que ele explorou.
Descubra mais opções de rotas para chegar a Machu Picchu em nosso blog: Alternativas à Trilha Inca e Salkantay: Outras Rotas para Machu Picchu


Condições ideais para descobrir a maravilha inca
O clima em Machu Picchu é subtropical de montanha, com dias amenos e noites frescas ao longo de todo o ano. A cidadela está localizada na floresta alta, uma região com vegetação abundante e umidade constante. As chuvas definem a diferença entre as estações.
Baixa temporada
De novembro a abril, as chuvas são frequentes e as trilhas podem se tornar escorregadias. Esse período apresenta paisagens verdes e neblina matinal, o que pode afetar a visibilidade em algumas áreas. Por outro lado, há menos turistas e maior disponibilidade de ingressos.
Alta temporada
A estação seca, de maio a outubro, oferece céus claros e trilhas mais acessíveis. Julho e agosto são os meses mais movimentados, com turistas do mundo todo. Por isso, é recomendável planejar sua viagem com antecedência para evitar problemas.
O clima como protagonista da experiência de viagem
Machu Picchu mantém uma temperatura média entre 12 °C e 24 °C ao longo do ano. A principal diferença entre as estações está na presença ou ausência de chuvas. Escolha a época de acordo com suas prioridades: clima mais estável ou menor fluxo turístico.

Dica útil
Hospedar-se em Cusco por uma ou duas noites antes ajuda na aclimatação à altitude. Também permite explorar o Vale Sagrado e outras atrações próximas. No entanto, lembre-se de planejar sua viagem com 4 a 5 meses de antecedência.
Na Salkantay Trekking, oferecemos passeios completos a Machu Picchu, pela Trilha Inca e por rotas no Vale Sagrado. Nossos pacotes garantem logística eficiente, guias profissionais e uma imersão cultural profunda. Confira nossas opções e garanta uma viagem única à maravilha do mundo.
A história de Machu Picchu, 1911 e a fotografia também podem inspirar sua própria jornada visual. Venha criar suas próprias memórias entre pedras sagradas, trilhas ancestrais e paisagens inesquecíveis.
Opções de Tour para Visitar Machu Picchu
Caso tenha pouco tempo ou não encontrou disponibilidade na rota desejada:
- Machu Picchu em 1 dia
- Machu Picchu de trem 2 dias
- Tour Vale Sagrado e Machu Picchu 2 dias
- Machu Picchu e Montanha Arco-Iris 5 dias
- Maras, Moray e Machu Picchu 2 dias
Lembre-se de que todos os passeios estão sujeitos à disponibilidade. Garanta sua aventura em Machu Picchu reservando com antecedência. Para mais informações, leia nosso blog: Regulamento de Machu Picchu 2025

Você pode estar interessado
- Montanha Huchuy Picchu 2025: Guia Completo.
- Montanha Huayna Picchu 2025: Tudo o que você precisa saber
- Ingressos para Machu Picchu 2025: Tudo o que você precisa saber!
- Guia Completo: Trens para Machu Picchu
- As 7 Melhores trilhas para Machu Picchu
- Montanhas de Machu Picchu 2025: Huayna Picchu, Huchuy Picchu e Montanha Machu Picchu
Leave A Reply